Greve das «vozes da <i>EDP</i>»
Estiveram em greve, nos dias 11, 12, 18 e 19, por períodos de duas horas de manhã e de tarde, os trabalhadores dos centros de atendimento da EDP, subcontratados à Tempo-Team, em Odivelas e Lisboa, e à Reditus, em Seia. Houve linhas encerradas, atendimentos desviados e mais chamadas em espera.
A luta foi convocada pelos sindicatos da Fiequimetal/CGTP-IN no sector, o SIESI e o SITE Centro-Norte. Durante os períodos de greve, os trabalhadores concentraram-se no exterior das instalações. O deputado comunista Miguel Tiago esteve dia 18 em Odivelas. No dia seguinte, Rita Rato esteve na Defensores de Chaves. Uma delegação da Comissão Concelhia de Seia do PCP deslocou-se ao parque industrial e saudou a coragem e determinação dos trabalhadores em luta.
Os trabalhadores da Tempo-Team que asseguram as operações da EDP reivindicam aumentos salariais de 30 euros mensais, pois entraram no sétimo ano sem revisão salarial. Reclamam também melhores condições de trabalho e questionam o facto de laborarem para um empreiteiro, quando, na prática, são a voz e o contacto praticamente único da EDP perante o público consumidor. Os cerca de 800 trabalhadores, nas instalações em Odivelas e na Avenida Defensores de Chaves, em Lisboa, fazem todo o atendimento aos consumidores (avarias, contratos, facturas, reclamações e outros pedidos), entre outras tarefas internas, e ganham uma média mensal de 600 euros. Mas, salienta o SIESI, se pertencessem ao quadro da EDP ganhariam mais do dobro.